
Eu te julguei mal. Desculpe. Não te dei nem chance de mostrar como você é de verdade e já te enchi dos piores julgamentos. Te rotulei de chato, sem graça, bobo. Não te achei digno nem do meu oi. Sabe? Julguei como pura perda de tempo e assim foi.
Mas vieram me dizer que você não era bem assim, e só ai eu percebi o quanto estava errada. Te julguei com que direito? Com base em que? Por qual motivo? Nem eu sei. Só deixei a minha arrogância falar mais alto, mais uma vez.
Tirei tantas chances de nós dois. Nossa vida poderia ter sido totalmente diferente se eu tivesse gastado o meu tempo em te dizer um simples oi. Podia ter tido você em meus braços, mas te deixei voar para bem longe, sem ao menos experimentar.
E percebi também que já fiz isso outras tantas vezes. Com homens, mulheres, não importa. Perdi relacionamentos, perdi oportunidades, perdi amizades. Perdi sorrisos e até lágrimas. Por trás dos meus julgamentos, há uma vida que não vivi. E quando eu penso nisso, dói.
Eu também já fui muito julgada e ainda sou. Meu semblante é fechado, o olhar é duro e não sou feita só de sorrisos. Mas e por dentro? Por dentro ninguém vê. Ninguém liga, até conhecer melhor. E como é que conhece melhor se você já para do lado de fora?
Tá vendo como devemos nos permitir mais? Tanto eu, quanto você. Se você confirmar o mau julgamento, não faz mal. Sempre há tempo para novas pessoas, sempre há tempo de confirmar julgamentos bons.
Diga. Aja. Só viva, sabe?
Daniela Colaci Moreira
(14/07/2014)
Adorei o texto e muitas vezes deixei que isso acontecesse. Mas hoje já não tenho esta atitude, vivo e aproveito cada tempo de minha vida.
CurtirCurtir
Um dia espero aprender também, mãe! 🙂
CurtirCurtir